quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sem pensar


O fogo arde e dilacera a sanidade da minha alma,que de forma imperceptível surge em formas de tímidas lágrimas soltas no escuro.Ouço vozes de onde não tem som,vejo imagens em telas brancas e morte em vida.Já não existe mais coerência nos versos e na poesia,o ontem já está perdido,os cacos de vidros já não podem ser restaurados.Todos meus monólogos noturnos perderam o encanto,já não existe mais platéia nem ninguém além da lua minguante que possa ouvir minha voz,minha expressão,minha dor e minha morte.Morro em silêncio a cada noite em que você abre uma nova cicatriz do passado,e me afogo no rio das reminiscências quase que sempre.Preciso gritar para alguém essa ansiedade que sinto do mundo,uma só garganta engolindo a agonia de mil ânsias não é suficiente.Continuarei com essa insanidade visceral,alimentando meus sonhos e desejos fictícios até que a realidade e a presença de sanidade me desperte outra vez.