segunda-feira, 23 de maio de 2011

She was a phantom of delight

She was a phantom of delight
When first she gleamed upon my sight;
A lovely Apparition, sent
To be a moment's ornament;
Her eyes as stars of Twilight fair;
Like Twilight's, too, her dusky hair;
But all things else about her drawn
From May-time and the cheerful Dawn;
A dancing Shape, an Image gay,
To haunt, to startle, and way-lay.

I saw her upon a nearer view,
A Spirit, yet a Woman too!
Her household motions light and free,
And steps of virgin liberty;
A countenance in which did meet
Sweet records, promises as sweet;
A Creature not too bright or good
For human nature's daily food;
For transient sorrows, simple wiles,
Praise, blame, love, kisses, tears and smiles.

And now I see with eye serene
The very pulse of the machine;
A Being breathing thoughtful breath,
A Traveler between life and death;
The reason firm, the temperate will,
Endurance, foresight, strength, and skill;
A perfect Woman, nobly planned,
To warm, to comfort, and command;
And yet a Spirit still, and bright,
With something of angelic light. 

William Wordsworth

domingo, 22 de maio de 2011

Mais silencioso do que dormir

Mais obscuro do que a noite,
Mais intenso do que um trovão
Lágrimas e pingos de uma doce paixão.
Um olhar enigmático, um ardor lunático
A pele translúcida,de uma alma com grande ternura
Um desejo utópico,de um amor misantrópico.
Todos os pedaços,se juntaram ao acaso,
O fim chegou, e a tristeza no caixão se acabou.
Mais silencioso do que dormir,o fim não é apenas o deixar de existir
 Tão encantador como a aurora,um beijo por fim nos devora.
A maldade que no júbilo transcende,vai ao leito de um desejo inocente
O nada em fim voltou,como a dor que um dia me deixou.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Das tantas palavras ocultas

Todos os finais possíveis diluíram ao longo da história, o ato de ilibação se tornou tão limitado que impede o sonho a dançar com a realidade.  Um grito silencioso percorre pelas ruas em forma de chuva, percorrendo cada canto da cidade em busca de um lugar onde a melodia seja mais alta,ou pelo menos,onde haja o mínimo sequer de uma doce melodia. Lugares obscuros, uma orquestra de desastres e melancolia, talvez um tanto atraente, miscigenando sentimentos perdidos daquele subúrbio. O violino se encontrava quebrado, assim como o violinista desolado e a pobre bailarina aos pedaços. De caos em caos formou-se o júbilo físico e sonoro, onde todas as peças pareciam se encaixar, onde a poesia tornou-se rutilante (apesar de fatídica) e liberou lascivos gestos de prazer. O prazer tendencioso e o júbilo transcendente acompanharam o ritmo da escuridão e aprenderam a domá-la de tal forma que, agora, parecia clarear. E por fim, dormir eternamente.  

domingo, 1 de maio de 2011

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''Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor. {…} Depois de não ver Henry por cinco dias por causa de mil obrigações, não pude suportar. Pedi a ele para se encontrar comigo durante uma hora entre dois compromissos. Conversamos por um momento, então fomos para um quarto do hotel mais próximo. Que necessidade profunda dele. Só quando estou em seus braços as coisas parecem direitas. Depois de uma hora com ele, pude continuar o meu dia, fazendo coisas que não quero fazer, vendo pessoas que não me interessam.''

Anaïs Nin