quarta-feira, 4 de maio de 2011

Das tantas palavras ocultas

Todos os finais possíveis diluíram ao longo da história, o ato de ilibação se tornou tão limitado que impede o sonho a dançar com a realidade.  Um grito silencioso percorre pelas ruas em forma de chuva, percorrendo cada canto da cidade em busca de um lugar onde a melodia seja mais alta,ou pelo menos,onde haja o mínimo sequer de uma doce melodia. Lugares obscuros, uma orquestra de desastres e melancolia, talvez um tanto atraente, miscigenando sentimentos perdidos daquele subúrbio. O violino se encontrava quebrado, assim como o violinista desolado e a pobre bailarina aos pedaços. De caos em caos formou-se o júbilo físico e sonoro, onde todas as peças pareciam se encaixar, onde a poesia tornou-se rutilante (apesar de fatídica) e liberou lascivos gestos de prazer. O prazer tendencioso e o júbilo transcendente acompanharam o ritmo da escuridão e aprenderam a domá-la de tal forma que, agora, parecia clarear. E por fim, dormir eternamente.  

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